O episódio ocorreu no último sábado (14) em luta envolvendo a lutadora peso-palha Viviane Araújo e Andrea Lee. O treinador da adversária da brasileira, Tony Kelley, usou falas preconceituosas para orientar a atleta no intervalo entre os rounds.
Tony Kelley ficou mais conhecido do público brasileiro após o UFC Vegas 54 realizado no último sábado. O treinador da lutadora Andrea Lee surpreendeu a comunidade do MMA ao fazer declarações sobre os lutadores brasileiros, ao invés de dar apoio e conselhos técnicos à lutadora.
O Prime Time, como é conhecido, afirmou durante a pausa: “É isso o que eles vão fazer. Eles (equipe de Viviane) são brasileiros imundos. Eles vão trapacear desta forma. Vamos arrebentar alguém”, disse Tonny à Andrea.
A pressão parece não ter surtido o efeito esperado, visto que Andrea até começou bem, chegou a balançar a brasileira, que se recuperou nos dois rounds finais e saiu vitoriosa do embate por decisão unânime dos juízes.
Após o evento, o treinador não se mostrou arrependido ou não se desculpou e acabou colocando a culpa na cultura do cancelamento pela repercussão negativa do que falou.
“A cultura do cancelamento é real. O que eu disse foi real e no calor da batalha, e de forma alguma tinha qualquer tipo de conotação racista… mas se é assim que você entende, eu não me importo. Tantas pessoas foram rápidas em dizer ‘racista’… que mer** ficando tão velha. Minha referência foi um dedo no olho sujo”, postou Tonny em sua conta no Twitter.
A resposta do público brasileiro veio rapidamente. Em poucas horas, muitos usuários criticaram o lutador e treinador, classificando sua fala como racista e xenofóbica. Kelley, por sua vez, recusou o rótulo de racista, mas não voltou atrás quanto aos ataques feitos aos lutadores brasileiros.
Outro episódio envolvendo Andrea Lee
Não é de hoje que a lutadora americana se envolve em polêmicas. Andrea Lee já namorou um treinador com uma tatuagem nazista. Em maio de 2018, a lutadora venceu a venezuelana Veronica Macedo e foi curtir alguns dias de descanso com o namorado e foi aí que as tatuagens chegaram ao público.
O desenho era uma referência ao símbolo da suástica e da “SS”, a organização paramilitar ligada ao Partido Nazista e ao ditador Adolf Hitler.
Em resposta, a lutadora afirmou: “Nós não somos racistas, temos um rapaz asiático e um rapaz negro morando conosco. Meu Deus! É uma tatuagem que ele fez quando estava na prisão. Esqueçam isso! Ele cobre as duas todo o tempo, mas elas apareceram quando tivemos um dia livre no lago. Idiotas sensíveis”, escreveu Lee no Twitter.
Ex-campeã do LFA, Andrea Lee chegou ao UFC em 2017, mas fez sua primeira luta em 2018. Foram oito lutas na organização, com 4 vitórias e 4 derrotas.