Um importante anúncio foi feito no começo de mês: a trilogia mais esperada do boxe: o terceiro embate entre o mexicano Saúl Canelo Alvarez e o cazaque Gennady GGG Golovkin, antiga promessa dos dois atletas. A data marcada é o próximo 17 de setembro, mas sem local definido.
Os dois já se enfrentaram em 2017 e 2018 pela categoria dos médios (até 72,5 quilos) em confrontos equilibrados. No primeiro, empate e no segundo, vitória por decisão dividida para Saúl.
Desde então, cada um tomou seu rumo. Canelo teve como objetivo conquistar títulos em mais de uma categoria e chegou a derrotar três campeões nos médios e outro no meio-pesado.
O pugilista acumulou exatamente 61 lutas, com apenas 2 derrotas. A primeira contra Floyd Mayweather Jr, por decisão unânime, em 2013, quando tinha 22 anos e a segunda foi em maio para o russo Dmitri Bivol.
Foi surpreendente, dada a porcentagem de vitórias do ás peso-por-peso, mas que foi desculpado, visto sua estratégia de conquistar novos territórios e não apenas proteger o que já tem.
Já o GGG manteve-se campeão mundial pela OIB e IBF em 2019, e recentemente unificou o cinturão dos médios contra Ryota Murata, na época campeão do IBO. Além disso, o cazaque mantém a marca de 21 defesas de títulos.
Tudo certo para a luta
Dois motivos poderiam ter impedido a trilogia. A primeira era o fato de Canelo não ter cumprido o acordo de ter vencido Bivol, já que GGG fez sua parte e derrotou Murata em terreno Japonês.
A segunda era a cláusula contratual na luta contra Bivol, que deveria previa uma revanche pelo cinturão dos meio-pesados da WBA. Ao que parece, o russo não fez questão de um novo embate contra Canelo e ficou tudo bem para que ocorresse o tão esperado terceiro embate.
Acontece que mesmo a revanche entre a segunda derrota de um lutador com mais de 60 no cartel não foi suficiente para o que é uma das séries de lutas mais aclamadas dos últimos tempos da nobre arte.
Canelo Alvarez vs Gennady Golovkin consolidou seu status de estrela do pay-per-view e deu início a uma disputa para ver quem acumula mais cinturões. Atualmente são três para o lado do cazaque e três para o lado do mexicano.
E não é para pouco. A luta foi realmente eletrizante. Os dois lutadores desferiram mais de 2.700 socos um no outro e acertaram mais de 800, com Canelo mantendo uma vantagem estatística - embora pequena, 32,9% a 28,6 ao longo de 72 minutos de confronto.
Sucesso de público, sucesso de venda e atletas de alto desempenho. Essa é a receita para que seja realizada uma das maiores lutas dos últimos tempos. Em setembro, em alguma parte do mundo.