A Gjensidige Kvindeliga também chamada de Elitedivisionen (Divisão de Elite em português) é a liga feminina mais forte da Dinamarca. Com a missão de fazer as “meninas sonharem”, a liga foi desenvolvida pelos próprios clubes em colaboração com a UEFA. O intuito é criar uma competição forte, capaz de revelar novos talentos ao mundo.
Desde a temporada 2019/20, o campeonato é chamado de Kvindeliga. Antes disso, teve uma série de nomes durante sua história, como Danmarksturneringen i damefodbold (entre 1975 até 1980), Dame 1. division (de 1981 até 1992), Elitedivisionen (1993 até 2015-16) e 3F Ligaen para Gjensidige (2016 a 2019).
Manteve os mesmos oito times, que competem não só pelo ouro, mas também por duas vagas na Liga dos Campeões feminina, a UEFA Women's Champions League.
O campeonato é organizado pela Associação Dinamarquesa de Futebol (DBU), como parte do Kvinde-DM, que no sistema de futebol dinamarquês ocupa a primeira divisão. Para participar, os clubes devem atender a uma série de requisitos relacionados às suas instalações e condições financeiras.
Na temporada 2020/2021, o HB Køge venceu o torneio e sagrou-se campeão dinamarquês pela primeira vez em sua história do clube. O Brøndby IF ficou com o vice-campeonato, enquanto o Fortuna Hjørring ficou com terceiro lugar na competição.
Formato
Entre 1994 a 2006, a liga feminina era formada por oito clubes em um mesmo grupo que se enfrentavam 3 vezes. Era a campeã aquela que acumulasse mais pontos. O último time era rebaixado e o penúltimo disputava um playoff com o vice-campeão da segunda divisão.
Em 2007, houve uma transição porque a liga foi estendida para 10 equipes. Nesta edição, a última colocada disputou uma partida de playoff com a terceira colocada da segunda divisão, enquanto as duas primeiras equipes foram automaticamente promovidas.
De 2007/08 a 2012/13, a liga era composta por 10 equipes, com jogos no sistema de ida e volta na primeira fase. A segunda eram playoffs de dois grupos disputados pelos quatro melhores times. Já os clubes que ficaram entre o quinto e décimo lugar, disputavam o playoff de rebaixamento.
A partir da temporada 2013/14, o campeonato voltou a ser disputado por oito equipes. A temporada regular é composta por 14 rodadas de ida e volta e os seis primeiros colocados passam para a fase em que jogam todos entre si e o time com melhor desempenho é consagrado o campeão.
O oitavo colocado na classificação geral é automaticamente rebaixado e o sétimo disputa o playoff com o vice-campeão da segunda divisão.
Um pouco do futebol dinamarquês feminino
Em 1970, o clube de futebol dinamarquês Boldklubben Femina (BK Femina) tornou-se campeão mundial não oficial. Isso deu margem para a popularização do esporte no país, colocando-o em um contexto de luta de dez anos para que o futebol feminino fosse aceito no país.
Inicialmente, foi um ensaio que começou um pouco antes de 1970 com a admissão das mulheres na Federação Dinamarquesa de Futebol (DBU). A partir de 1972, o esporte começou a se desenvolver, juntamente com os esforços para a aceitação das mulheres.
Em outros países da Europa, como Finlândia e Suécia, já havia federações específicas para o público feminino, o que foi um incentivo para a Dinamarca. Houve um grande passo com a Lei de Discriminação Sexual de 1975, a qual foi redigida com o objetivo de colocar o futebol profissional como um pilar para a igualdade feminina.
O pioneiro nas questões de marketing e apoio foi a Nova Zelândia, que a partir de 1973 já incentivava a participação das mulheres nos esportes, sobretudo aqueles dominados pelos homens. O país promoveu entrevistas com as jogadoras, lançou matérias em jornais e revistas, o que mudou a opinião pública e a forma como a mídia percebe a analisa o futebol.
Com isso, veio a Federação Dinamarquesa de Futebol Feminino, a Denmark women's national football team, responsável por promover as equipes, organizar campeonatos e popularizar o esporte no país.
O primeiro campeonato feminino na Dinamarca tendo como organizador a Federação Feminina aconteceu em 1975, com 8 equipes, que disputaram 14 rodadas no total. Na ocasião, o campeão foi o Ribe BK, que também venceu a edição de 1974. O BK Femina foi campeão em 1976.
A seleção dinamarquesa de futebol feminina foi fundada no mesmo ano. Passou algum tempo competindo nos torneios europeus. Sua melhor posição no mundial aconteceu em 1995, quando ficou com o sexto lugar.
As melhores colocações no Campeonato Europeu de Futebol Feminino foram dois terceiros lugares em 1991 e 1993. No Torneio Internacional de Futebol Feminino foi vice-campeã nas duas vezes em que participou: em 2011 e 2012.
Atualmente, a DBU (Denmark women's national football team) organiza a Kvindeliga, a Primeira Divisão (1. Divisão), a Série Dinamarquesa (Danmarksserien) (3 grupos) e a Copa Feminina de Futebol (Landspokalturneringen).
Equipes campeãs da Kvindeliga
A seguir, todas as equipes campeãs, incluindo os anos de 1973 e 74 quando ainda não havia uma Federação de Futebol Feminina.
Temporada 2021-22
A temporada 2021-22 da Gjensidige Kvindeligaen é a 50ª temporada da maior liga de futebol feminino da Dinamarca. Assim como nos anos anteriores, 8 equipes disputam a competição. Desde 2019 o Gjensidige é o atual patrocinador principal da liga, daí o nome.
Participam da esta edição os seguintes clubes:
- Aalborg BK
- Aarhus GF
- Brøndby IF
- Fortuna Hjørring
- Kolding IF
- HB Køge
- FC Nordsjælland
- FC Thy-Thisted Q.